Objectivos: O objetivo deste trabalho passa caracterizar a população bem como os outcomes de doentes tratados cirurgicamente no CHP com aneurismas da circulação posterior desde Julho 1999 até Dezembro de 2013.

Material e métodos: Analisaram-se os doentes com idade ≥ 18 anos que no período antes definido foram admitidos no CHP por HSA devida a rotura de um aneurisma cerebral da circulação posterior. Realizou-se a colheita de dados retrospetivamente, através da consulta do processo clínico de cada doente. O tratamento estatístico foi feito com SPSS Statistics Versão 21.0.

Resultados: Neste período foram operados no CHP 59 aneurismas rotos e 13 não rotos da circulação posterior – 7% dos aneurismas operados durante este período no nosso centro. 80% dos doentes eram do sexo feminino com idade média de 59 anos. Distribuíam-se da seguinte forma: artéria vertebral (5%), artéria cerebelosa póstero-inferior (49%), artéria cerebelosa ântero-inferior (5%), artéria cerebelosa ântero-superior (2%), artéria basilar (29%) e artéria cerebral posterior (10%). À admissão, considerando os doentes com aneurismas rotos, os doentes distribuíam-se em H&H1-2 (76%) e H&H3-5 (24%). O tempo decorrido entre o diagnóstico e a cirurgia foi o seguinte: 0-48h (72%) e > 48h (28%). O GOS aos 6 meses foi: GOS 1-2 (2%), GOS 3 (17%) e GOS 4-5 (81%). A mortalidade global no nosso grupo de doentes tratados foi de 1,7%.

Conclusões: O tratamento cirúrgico dos aneurismas da circulação posterior é uma alternativa de tratamento com excelentes resultados neste grupo de doentes. A centralização de experiência é essencial ao sucesso do tratamento.