Objectivos: Avaliar os resultados no nosso centro hospitalar relativamente ao tratamento da Acromegalia e comparar com os dados publicados na literatura.

Material e métodos: Estudo retrospetivo dos doentes com diagnóstico de Acromegalia do CHP no período de 2005 a 2015, com base na análise dos processos clínicos. Revisão da literatura.

Resultados: Durante o período considerado foram incluídos 41 doentes com diagnóstico de Acromegalia (22 F/19 M - Ratio F/M 1,2:1), com idade média de 54 anos (27-76 anos). 41,5% tinham macroadenomas e 34% apresentavam invasão do seio cavernoso. 97,6% dos doentes foram submetidos a cirurgia. Foram obtidos critérios de cura bioquímica (de acordo com os critérios do Acromegaly Consensus Group) em 51,2% dos doentes (44% apenas com cirurgia e os restantes com tratamento multimodal). Como complicações cirúrgicas tivemos 1 caso de meningite e 2 casos de hipopituitarismo (7,3%). À data deste estudo apenas 22% dos doentes não têm a doença controlada.

Conclusões: Tratamento cirúrgico da Acromegalia continua a ser o “gold standard” nesta patologia, pode proporcionar a cura da doença, é um procedimento seguro, com baixa taxa de complicações. Os resultados do nosso centro são concordantes com os publicados na literatura. A experiência do Neurocirurgião é determinante nos resultados obtidos.